MINICURSO I (CANCELADO)

1871: COMUNA: O PRIMEIRO GOVERNO OPERÁRIO DA HISTÓRIA

Ministrante: Prof. Dr. Mario José Maestri Filho - Universidade de Passo Fundo (UPF).

Ementa: O mini-curso abordará em forma sintética e crítica a história imediata da Comuna de Paris [26 de março a 28 de maio]. Discutirá a guerra de Napoleão III, imperador burguês da França, na disputa geral pela hegemonia européia, contra a Prússia, que impunha a unificação aos Estados alemães. Discutirá a derrota francesa e a proclamação da Terceira República, sob a direção de Governo Provisório de Defesa Nacional e Louis Thiers que, não querendo mobilizar a população e, apoiado pelas classes proprietárias e por Assembléia Nacional sem representatividade, optou pela rendição, para esmagar a revolução. Apontará a oposição à rendição da guarda nacional parisiense, formada por operários e pequeno-burgueses, que expulsou as forças enviadas para desarmá-la, determinando que o Comitê Central dos bairros operários e a populares assumisse o poder e proclamasse a Comuna, primeiro governo dos trabalhadores da história. Discutira as principais tendências operárias na direção da Comuna: blanquista, anarquistas [Proudhon], Associação Internacional dos Trabalhadores – e o sentido das medidas tomadas: revogação dos representantes; educação pública, universal e gratuita, para dois sexos, com escolas noturnas e aumento dos salários dos professores; ocupação das moradias vazias e funcionamento sob direção operária das empresas abandonadas; fim da pena de morte e eleição dos responsáveis pela Justiça; direito de nacionalidade para todos os trabalhadores; salário máximo para funcionários, etc. Abordará a derrota militar da Comuna, que confrontou vinte mil communards contra cem mil soldados libertados pelos alemães, com a morte de quatro mil combatentes parisienses e o fuzilamento de em torno de vinte mil. Por último, serão discutidas as diversas propostas sobre as razões da revolta da Comuna e, sobretudo, seu significado para o movimento operário e socialista, assim como a sua candente atualidade.

MINICURSO II

COMUNISTAS, ANARQUISTAS E A ANÁLISE DA COMUNA DE PARIS

Ministrantes:
1) Prof. Ms. Danilo Enrico Martuscelli – Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)/Campus Chapecó;

2) Prof. Ms. Leonardo Rafael Santos Leitão - Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)/Campus Chapecó.

Ementa: A Internacional comunista, o movimento operário e a Comuna de Paris. Os comunistas e a Comuna de Paris: as análises de Marx e Lenin. Os anarquistas e as Comuna de Paris: as análises de Bakunin e Kropotkin.

Bibliografia:
BAKUNIN, M. “A Comuna de Paris e a noção de Estado” In: COGGIOLA, Oswaldo (org.). Escritos sobre a Comuna de Paris. São Paulo, Xamã, 2002.
KROPOTKIN, P. “A Comuna de Paris”, mímeo.
LÊNIN, V. I.. “A experiência da Comuna de Paris: Análise de Marx” In: O Estado e a Revolução. São Paulo, Global: 1987.
MARX, Karl. A Guerra Civil na França. São Paulo, Global, 1986. [Parte 3]

CONFERÊNCIA I (CANCELADO)

1871: FRANÇA – BRASIL. AS REPERCUSSÕES DA COMUNA NO BRASIL.

Conferencista: Prof. Dr. Mario José Maestri Filho - Universidade de Passo Fundo – UPF.

Resumo: O ano de 1871 foi fundamental para o Império do Brasil. Após seis anos de conflito, chegara ao fim a Guerra contra o Paraguai [1865-70]. Retomando a pressão abolicionista, interrompida pelo início do conflito, o governo imperial faria aprovar, naquele ano, a chamada Lei do Ventre Livre que, fundamentalmente, livrava da escravidão os filhas de mulheres escravizadas nascidos depois daquela data, após trabalharem até os 21 anos para os proprietários de suas mães. A chamada Lei do Ventre Livre foi um duro golpe no movimento abolicionista, que só retomaria força nove anos mais tarde. Foi forte a repercussão da Comuna entre as classes dominantes do Brasil. Ideólogos da escravidão aproximaram a proposta emancipacionista das idéias comunistas defendidas na Comuna. No relativo às classes subalternizadas, a mensagem e as experiências da Comuna não encontrou terreno fértil para frutificar. Todo um mundo afastava o Brasil e a França: enquanto, na França, surgia em Paris o primeiro governo operário da história da Humanidade, apontando para a expropriação do capital, no Brasil os trabalhadores escravizados, ainda hegemônicos, lutavam com dificuldade por suas liberdades jurídicas, isto é para deixarem de ser considerados e tratados como propriedade de seus escravizadores.

CONFERÊNCIA II

A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NA COMUNA DE PARIS

Conferencista: Profa. Dra. Andrea D'Atri – Dirigente do movimento latino-americano de mulheres Pan y Rosas - Sede Buenos Aires.

Resumo: Desde mediados del siglo XVIII hasta mediados del siglo XIX, en los países más desarrollados de Europa avanza la tendencia a la proletarización de las mujeres, convirtiéndose en una problemática y visible la cuestión de “la mujer trabajadora”. La Comuna de París las tuvo entre sus protagonistas. Los clubes revolucionarios que las mujeres de la burguesía y pequeñoburguesía habían organizado en 1789 eran los antecedentes de un reclamo que no había sido contemplado entonces: el reconocimiento de los derechos civiles de las ciudadanas. Las obreras de París, ochenta años después, hacían realidad esa petición en la Comuna, conquistada a sangre y fuego incluso por los batallones de mujeres que enfrentaron a la burguesía en las barricadas. Dos clases se enfrentaban abiertamente y las mujeres se alinearon según sus intereses de clase, mostrando la imposibilidad histórica de volver a reconstruir aquel frente único que había luchado contra el clero y la aristocracia constituyendo los modernos estados capitalistas. ¿Cuáles fueron sus nombres? ¿Qué papel cumplió la anarquista Louise Michel? ¿Cuál fue la participación de la socialista Elizabeth Dimitrieff, enviada por la Asociación Internacional de los Trabajadores? ¿Qué ha significado la Comuna para la lucha de las mujeres por sus derechos?